sexta-feira, 7 de maio de 2010

Forte Fortaleza de São José da Ponta Grossa - Florianópolis

A fortaleza apresenta planta em formato poligonal orgânico (adaptada ao terreno em que se inscreve), em três planos distintos, protegidos à retaguarda pela encosta do morro, com as baterias voltadas para o mar.

Os edifícios estão distribuídos pelos três diferentes terraplenos em cotas distintas, interligados por rampas e cercados por espessas muralhas em alvenaria de pedra e cal. O portão de acesso perdeu a ponte levadiça e o frontão originais, e o corredor de acesso, a abóbada em alvenaria de tijolos. Ladeando este último, a sala docalabouço, com porta e janela outrora gradeadas, e a Casa da Guarda, iluminada naturalmente por duas janelas em forma de seteiras. O corredor de acesso apresenta ainda as frestas na parede, por onde corria a lâmina que fechava o acesso em caso de ataque, conduzindo ao terrapleno inferior, onde se distribui a primeira ordem de Baterias. Junto a elas se encontram os vestígios de antiga Casa da Palamenta, com piso de alvenaria de tijolos, onde eram guardadas armas leves e os apretrechos necessários à manutenção e operação das peças de artilharia. Por se desconhecer a estrutura das paredes e respectiva cobertura, a mesma não foi restaurada. Completam o conjunto duas guaritas redondas sobre respectivos piões, em vértices opostos da muralha. A cantaria do Pórtico, dos edifícios, e a base de algumas canhoneiras é talhada em pedra de lioz.

No terrapleno intermediário, localiza-se a segunda ordem de baterias e o Quartel da Tropa, com piso em alvenaria de tijolos, com a Cozinha anexa. Restaurado, é ocupado hoje pelas artesãs de renda de bilros, que ali trabalham e comercializam a sua arte.

No terrapleno superior ergue-se a Casa do Comandante, um imponente sobrado de dois pavimentos, geminado com o Paiol da Pólvora, também assobrada com dois pavimentos. Na Casa do Comandante foi assinada a capitulação ante os espanhóis em 1777. Com piso em alvenaria de tijolos, o seu restauro só foi possível graças aos recursos da Fundação Banco do Brasil, em 1992. Hoje, essa edificação abriga a exposição "O Cotidiano da Fortaleza de São José da Ponta Grossa - Aspectos da Alimentação". No segundo pavimento do Paiol da Pólvora funciona uma Sala de Vídeo exibindo material sobre as fortalezas de Santa Catarina. Ainda no terceiro terrapleno localiza-se a Capela de São José. De linhas sóbrias, este edifício foi o primeiro restaurado pelo IPHAN no conjunto, ainda em 1977, uma vez que o mesmo ainda é utilizado pela comunidade. De formato retangular, com nave única separada daCapela-mor por um arco cruzeiro, o seu piso também é de alvenaria de tijolos, notando-se a ausência de uma torre sineira, o que é caracteristico das capelas catarineneses do século XVIII, projetadas por arquitetos militares.

O abastecimento de água potável da guarnição era feito na fonte (com cisterna), edificação externa às muralhas da fortaleza.

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